Um pouco mais

Quando voltei, percebi que era mais Eu...

Nunca havia olhado para o céu da forma como olhei domingo, era azul, mas também diferente, pois as nuvens pareciam cores da aquarela, todas bagunçadas, uma junção perfeita, por isso não podia falatar fotografia...

Nunca havia achado uma iluminação tão perfeita, a cor dos olhos de Renato era perfeita, o lugar, o domingo, o livro e Caio Fernando Abreu estavam perfeitos...


Mas, para chegar a essa junção de perfeições, precisei presenciar muitas coisas: a pobreza e mesquinhez de seres que se distanciaram de si próprios, considerando o puco num montarel de vivências e experiências, estive em lugares que não pertenço, não! Nem os que amo!

É pouco, é pequeno, jamais, nunca!

Eu havia pedido isso e agora chorava...Chorava por ver que possso suportar muito, mas também por ver que a verdade nua e crua estava, está nítida, é pequeno mesmo, tive isso esfregado em meu rosto...

Eu posso isso e outras muitas coisas que quiser...!

Os pequenos ainda me acham pequena, que pena! Pensam: pobre coitada sonha alto demais!

Deles sinto dó, aí vem o ódio, pq odeio sentir dó, bem sei o tamanho das suas capacidades...


Enxerguei o contraste da madrugada, com o dia...com a tarde...com a noite...

A madrugada? Conturbada...

O dia? Agradável...

A tarde? Maravilhosa...

A noite? Foi aí que concluí todas essas coisas, fiz um inventário em mim, nos meus pensamentos, nas minhas ações...

Houve chateação, desconfiança, impaciência, ódio, medo, mas também, satisfação, graça, interesses comuns, dualidades, felicidade e a divisão dessa felicidade...

Houve agradecimentos... Sou tão grata àqueles que me fazem enxergar a grandeza do Ser, quanto àqueles à quem posso dividir o que tenho...

Lembranças? Também, mas ciente de que o que foi, jamais voltará igual...Voltara? talvez, e diferente!


Esse dia, disse, foi o melhor desse ano, quero repetí-lo mesmo sendo domingo e sendo diferente!

Não houveram gastos altos ou lugares longíquos, mas, simplicidade e disposição para amar...

Para correr na rua pulando, cantando, inventando besteirinhas, sentar no chão do parque num dia, tarde, noite chuvosa e ler...entender...compreender...identificar...amar...


Agora entendem o amassar da caixa de fósforos?!

Há tanto ainda pra se falar, o homem no parque caminhando sob os pedregulhos, a maça guardada, o rato embaixo da mesa...Meu Deus que horas são?

Não sei...Deve ser quase hora de voltar do almoço, mas ainda quero dizer que ganhei um pouco mais de mim... dos outros que passaram e que ficaram... Ganhei certezas sobre mim...

Sobre o amor que sinto...

Porque correr à noite debaixo da tempestade é apenas para aqueles que buscam certezas...


O Renan tinha razão Renato, talvez seu livro estivesse com uma parte molhada, porque se fosse seu, era pra ser assim...


Thalita, gente! Elas estão vindo...!


Vocês preferem café, biscoito ou cigarro?



Ana,

Um Pouco Mais do Que Nunca!

Comentários

sublime disse…
como amo
como amo
como amo

ainnnn Ana , tão bom saber que existem pessoas com as quais compartilhar meus sentimentos nao pareça ser loucura
pessoas com as quais encontro mais coisas do que apenas afinidade, encontro empatia
o que torna nossa amizade mais do que nunca especial
o Domingo, ahhh tarde tão especial que jamais esquecerei
te amo
te amo
te amo

ainnn ainn
deixa eu ir que elas estão vindo

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