Avalanche

E esta noite está diferente das outras, não exatamente a noite, os sentimentos, as imagens, as lembranças...

É como se elas dividissem essa cama comigo, não cabe, não consigo!

Eu experimento, é um self-service, mas alguns sentimentos não são bons...

Corro até a estação, volto, fecho os olhos e tenho todas as imagens vivas aqui na minha frente, uma sorri, outra deixa claro que não sou mais a preferida me virando as costa, outros mostram claramente que não estão satisfeitos com as experiências que estão vivendo...

Aí me vem o que devo, não é bem o que devo, é que ainda não compreendi como resolver, isso vai me torturando, eu vou me torturando e congelo sentada no banco com um terço na mão, 1/4 dos meus sentimentos, na metade da minha razão o que me faz sentir inteira por um momento...

Será que perdi meu fruto?

E do carro logo enxergo as cores cinza, preto vermelho em bolinhas, mais tarde encontro no ponto final e corre uma semana e tudo se mistura, a loucura, o botão verde, as cadeiras azuis, com todos os sentimentos e minhas dívidas, a corrida, a despedida, a insatisfação, o telefone, e todo sorriso doado e recebido, parecem tão mecânicos, não! Não quero me tornar fria assim, sei que não posso!

Tá tudo tão misturado, como se eu tivesse jogado tudo no chão para depois arrumar tudo no lugar, só o sonho ta vivo aqui, não pode jamais ser atingido por essa avalanchre de coisas tão misturadas ! "Help-me! Help my dream...God!"

Agora as lágrimas estão afogando todos esses sentimentos, essas coisas bagunçadas, a voz de Elis quebrando algo...E eu sei que é apenas um momento de escolha onde terei que permitir novamente...!


Ana Mais do Que Nunca

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