RECIPROCIDADE

Em um momento de reflexão sobre todas as experiências, distraída, ocupada com as incógnitas da vida, ora inquieta, ora tranquila, com a convicção de que não há necessidade de ser, agir ou querer como os demais.
Não há história desinteressante, todos carregamos uma bagagem complexa com experiências distintas e é isso que nos faz ser únicos e parte de um todo.
Mas o sol daquela manhã cinza trouxe ares de tempestade...
Subitamente, aqueles olhos  castanhos que a fitavam com a pureza de um coração que ainda não havia se decepcionado trouxe um organizado desalinho.
Aquela disposição em fazer-se presente de corpo e alma, a transparência e a exatidão do entrelaçar das mãos que afugentava aquele desalmado frio. Entre devaneios e gestos sutis a franca declaração "só quero que alguém goste de mim na medida".
Sabe aquela sensação que alguém tenha lido sua alma? Foi assim que ela sentiu! Mas teve o prazer de completar, "que não goste nem demais, nem tão pouco, mas que seja recíproco. Que haja paz, sinceridade, a natural disposição e sobretudo, dignidade."
Apesar de todos os compartilhamentos, tinha tantas coisas pra dizer, e muitas outras  tantas pra ouvir.
Mas, haverá um tempo.

Há o próprio tempo de cada um, de cada sentimento, de cada acontecimento...
Por hora, abraçou-o fortemente, como quem quisesse dizer "te quero bem".

Ana + do Que Nunca.





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