SUBLIME
01-03-2010
Olhos fixos na tela.
Uma alma com uma fé inabálavel numa noite quente de terça-feira.
Pensamentos não mais soltos ao vento...
Questões que jamais terão resposta na vida terrena.
Um pequeno coração, pobre, nu, vadio, tentando encontrar...
E o abraço firme que apertava aquelas finas películas contra os ossos:
Uma esperança, um retorno, um eco.
os olhos embaçados, sangrando assim como as vidas lá fora,
deixando borbulhar a sua virtude mais suja, humildade.
Os pés descalços de menino bem menino que deveria brincar de pic esconde,
sob as folhas amareladas e ressecadas de outono.
Dedos deslizando sobre a lápide marcada por um sorriso pingado em lágrima.
A expansão da alma que nem cabia no menino de tão grandiosa,
A luz que cegava os olhos contornava sua silhueta frágil e pequena.
Iluminado nas trevas sem nada cobrar,
foi ele,
por ele,
depois dele,
que tudo se fez luz, claridade.
De maos dadas com a fragil menina, mulher.
Nos mais altos graus de lucidez, essa que é um risco para a vida humana,
sutilmente batendo à porta, trazendo de volta a razão.
Precisava ser assim, não entender, apenas sentir.
Inundar os olhos e as almas de emoções.
Ah! Menino! Você tão simples e sublime!
Um abraço,
Uma presença,
Uma vida em outra vida.
Até mais.
Ana Mais do Que Nunca
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