"É inútil continuar a escrever em legítima defesa da solidão. Vem buscar a tua ausência antes que passe. Vê se te despachas. Por todas as vezes que atravessei o silêncio sem medo de escorregar na casca das palavras mais duras. Vem buscar o teu nome. Preciso de espaço para dar lugar à outra verdade provisória. E tu, poesia, com que pedra vais defender os meus pecados quando o silêncio doer mais alto? Quem vai reivindicar os beijos que cometi na tua boca? Vem, deixa-me ser poema."
Heduardo Kiesse
Heduardo Kiesse
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