IGUALDADE

O que há em comum é o medo...

Tuas palavras soam como bela melodia, mas lhe falta a coragem...

Abraça, quer, mas falta fôlego, impulso...

Há sincronia no olhar, no querer, mas o medo é arrebatador...

E viver isso é tão complexo e comflitante, é ter e ao mesmo tempo sentir que perdeu,
Abraçar e não sentir os próprios braços, beijar e não sentir a pele do outro...

É medo, cautela, respeito, o quê?

E como uma coisa já vivida e não mais quer...

Não deseja alimentar nem um pouco de expectativa, nem fantasias, nem ilusões, pois elas abrem feridas gigantes...

Quando se espera mais do outro é como se jogar no abismo, e o que se espera encontrar lá em baixo?

Então é necessário viver dia após dia, observar o que acontece, porém é necessário também estar distraído para os fatos...

É bom estar perto, junto e as vezes até sentir que está do lado de dentro, mas fere querer saber o que está se passando na cabeça do outro...

Melhor é viver enquanto se têm, se despedir com dignidade, sem esperar o que o outro não pode dar...

Sem reposta pra eterna pergunta, o melhor seria não perguntar, pois a resposta de tudo é o medo que há em um de que não aconteça e o medo do outro de algo acontecer...

O oposto de cada verdade é igualmente verdade.


Ana Mais do Que Nunca!

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