RODOVIA

Sentada na beira da rodovia, eu vejos todos os caminhões passarem, não to afim de andar e nem pegar uma carona, eu quero ficar aqui só, deitar na grama e ver o céu...

a areia sob os meu pés fazem cócegas, faz tempo que não me sinto tão sensivel, são imagens que vão passando como um filme na minha cabeça, são músicas que escuto longe, longe...

As nuvens daqui de baixo são brancas, será que elas realmente existem ou é só ilusão de ótica? ai! sei la!

eu quero ver de novo o sol, o prana, o arco iris que mais parecia uma aura colorida em torno do sol brilhante;

Não, é melhor não ir lá no meio da multidão, porque observar os caminhoes na beira da rodovia é algo que me faz refletir um pouco mais...

sabe aquela cabana no topo? Tenho vontade de dormir lá qualquer noite dessas...

Hoje não estou interessada em problemas alheios, deixa eu ter um momento ego, hoje não quero ouvir nada que não se refira a minha pessoa, aos meus conceitos, aos meus valores, ás minhas vontades e ao que eu sei fazer, porque por hoje estou cansada de blá blá blá blá, fiz isso, fiz aquilo, to sofrendo isso, to passando por aquilo, todos passam e nunca dei ênfase aos meus particulares ...

Quero realmente deitar no sofá de pijama e meia e assistir filmes intermináveis que é pra não ter o trabalho de trocar o dvd...

Mas eu também quero andar descalça sobre a grama, o solo, a lama, a lua...

Quero ver cores limpas, sem fumaça, sem flashs, sem badalações...

quero não mais criar expectativas sobre coisas e pessoas, assim como não crio agora sentada na beira da rodovia olhando para caminhões...

Os caminhoes não são obrigados a parar e me oferecer uma carona, assim como as pessoas não são obrigadas a entender a minha profundidade, a minha loucura, os meus secretos, e assim também como não sou obrigada a assumir compromisso com ninguém, porém isso me faz viva, útil, humana, pra mim é uma questão de respeito...

Eu quero abrir os braços novamente pra minha liberdade, me desprender e deixar de dar valor à coisas pequenas, poucas, mesquinhas...

Quero como aquela segunda-feira neon, me sentir plena novamente...

eu quero sentir a brisa no rosto e ouvir o barulho do mar que me conta tantos segredos, eu quero vida, eu não quero inventar uma pessoa, eu não quero substituições e nem cópias, quero me ser, tenho necessidade disso...

Quero escutar uma musica desconhecida e apreciar, quero sair desse mundinho que as pessoas fecharam, ultrapassar barreiras, só somos felizes dentro da nossa capacidade...

Quero libertar pessoas de qualquer cobrança ou mágoa, quero não mais esperar inconscientemente que as pessoas façam pelo menos o que eu faria na pior das hipóteses...

Quero voar novamente, pois hoje saí do casulo, uma nova fase, uma nova vida e o processo de metamorfose doi...As lágrimas rolam, sentimos uma tristeza muito grande pela sensação de perda, de indiferença, mas foi tudo isso que me fez sofrer, que também me tornou grande, que me mostrou quem e como quero ser e agir...

Por isso necessito da natureza...das coisas loucas da vida, dos escritos, das filosofias, das borboletas, tenho aprendido muito com tudo...

Deixa, deixaaaa....

O frio faz com que as pessoas fiquem mais reservadas, eu quero colocar aquele meu brilho no rosto de novo, bater a poeira e continuar, afinal estou aqui pra isso, nada de se culpar e se punir, e também as vezes fico meio louca falando sozinha comigo mesma, me chamando atenção, me dando conselhos... loca né?

Mas essa experiência foi pra me mostrar que de novo, pela milésima vez, só podemos exigir das pessoas o que elas podem dar, e que é verdade que até somos intensos, fazemos o posssível e o impossível, mas as expectativas são raramente superadas, será que é porque expectativa é a maior fonte de fracasso?

Eu hen? esse negócio aqui tomou um rumo estranho...mas estranho mesmo é se sentir mãe com pessoas da sua idade, exceto quando vc pede: "ajuda eu, só uma moeda, pu favo!"

Amo os estão ao meu redor, os que fazem e que fizeram parte todos contribuem pra pelo menos um por cento daquilo que sou, precisamos de pessoas e não dependemos delas, e aquela viagem lá de cima, essa coisa de sentar na beira da rodovia pra observar caminhões, era só pra chegar aqui...

sabe o que interfere o telefone? A lâmpada fluorescente!

Não quero combinar, nem marcar, nem esperar, nem cobrar, nem nada que esteja relacionado com expectativa, mesmo que esta seja natural do se humano , o ser humano se torna desumano quando não as cumpre e nem as supera...

Deixa assim, faça parte se quiser, estarei aqui, não na rodovia, mas estarei totalmente, inteiramente, constantemente,

Ana Mais do Que Nunca!

Comentários

Postagens mais visitadas