UM MUNDO CAIU

À MENINA QUE PERDEU A VOZ.

Verticalmente um facho de luz que com o passar dos segundos se apagava gradativamente.
No inicio era um sorriso, amor talvez, que preenchia o ser assim com ar infantil, singelo.
Olhar vivaz e voz entusiasmada, longe longe da realidade do outro que não tinha a intenção de ferir, feria.
Existia um elo, uma peça fundamental, a ponte para que uma realidade tão firme fosse inserida numa outra que era vulneravel, alegre de sorrisos e gestos angelicais.
Um mundo caiu.
De longe uma observação: A dor dilacerando o pobre, fragil e inexperiente coração, que assustado se deparava com aquilo que era grande demais pra pra ter definição. As imensas expectativas de mãos dadas, felicidade se desfaziam na lágrima que nascia e preenchia seus olhos marcantes. Se conteve.
Ah a despedida!
A voz e a ação perdida.
À distância um conscentimento, um desejo de máximo proveito daquela dor que não cabia em si por ser tão pequena.
De longe, os vultos atravessavam a rua, rumo aos seus destinos.

Ana Mais do Que Nunca.

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