INDIVIDUALIDADE
Chegou à festa, sentou-se, comeu. Porem, apenas queria ficar só, consigo. Tentou não ouvir a musica, não ver as pessoas dançando, não presenciar os porres, não levantar do lugar onde estava sentada, abaixou cabeça, a apoiou nos joelhos e com os olhos cheios afogou-se em suas ondas até que a interminável festa chegasse ao fim; de braços dados compartilhou o porre sem tomar um gota, nos passos desajeitados, cambaleando, corpo jogado para lá e para cá.
- Por que os bêbados brigam com os cachorros da rua?
Sala vazia, mal estar, banheiro cheio de vomito, insatisfações, alucinações, e o cuidado empurrando aquilo pra fora, limpou, deu um sermão, mas mesmo assim foi despedida.
- Vai embora que não quero ninguém aqui!
E se foi, porque amava e respeitava a individualidade alheia, sentada no chão enquanto esperava no relento seu ônibus, atirava pedrinhas na esperança de acertar o ponto fixo daquele asfalto que brilhava refletindo a luz da lua.
ANA MAIS DO QUE NUNCA
- Por que os bêbados brigam com os cachorros da rua?
Sala vazia, mal estar, banheiro cheio de vomito, insatisfações, alucinações, e o cuidado empurrando aquilo pra fora, limpou, deu um sermão, mas mesmo assim foi despedida.
- Vai embora que não quero ninguém aqui!
E se foi, porque amava e respeitava a individualidade alheia, sentada no chão enquanto esperava no relento seu ônibus, atirava pedrinhas na esperança de acertar o ponto fixo daquele asfalto que brilhava refletindo a luz da lua.
ANA MAIS DO QUE NUNCA
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