O CONVITE

A constância da visita no mundo onírico, as ondas do mar e mergulho no tempo.

O inútil ensaio de enganar-se e de livrar-se de tais pensamentos e imagens numa longa caminhada.

E a alma fugia de garantias vazias para encontrar-se do outro lado pendurada por um fino cordão de prata.

Voltava sorridente com as mãos cheias de lembranças que outrora foram sufocadas: olhos nos olhos, pele arrepiada no encontro dos braços, dos lábios e das mãos entrelaçadas.

Do lado de cá, a negação e o inconformismo novamente na vã tentativa de esquecer porque ainda não conhecia suficiente para ceder a essa febre que  deixava vulnerável.

Será culpa do mar que sempre a deixou brincar na segurança do raso e agora sem motivos a lançava em ondas sem fim, as quais expõe-na ao perigo de não saber nadar?

Deu medo, faltou coragem. Mas, foi assim com as mãos transpirando, embrulhada na insegurança, com o coracao na boca e as borboletas no estômago que trouxe para o mundo real, os sonhos que tivera e lançou o convite.

                                                                                                           An4 + do Que Nunca

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