IMPACTO
Distância...braços longos se arrastam pelo chão, pela vida, presos nas fitas vermelhas daquele pacote bonito.
-Eu já gostei...
Indisponibilidade, seleção de momentos.
Um olhar triste, pobre, pobre espírito.
-Apaixonei-me...
E busca, brusca aprovação de si, dos outros, medo, mente, minto.
Revira e revive antiguidades...
Eu procurei encontrar algo em você.
Eu tentei entrar.
Eu abri as cortinas.
Eu te vi.
Você estava aqui e o sol iluminava o lado direito da sua face.
Você me olhava, você estava no mesmo patamar.
Você me falava as coisas que eu queria ouvir, mas não as que eu precisava.
Eu quis dizer o que você precisava ouvir, mas voce se negou, você fugiu...
Nós fugimos de nós
Velocidade da luz, pensou.
Calor descia pelas testas franzidas brilhantes sofridas.
Asco.
Diferença.
-Vamos brincar de pular a janela?
-Sexto andar?
-Prefiro descer de elevador...
Impacto, pedra nas penas do pássaro.
Nós estávamos de mãos dadas, mas o vão do trem nos separou.
De repente fui vendo você assim tão distante de mim, de nós.
Eu senti um pouco de frio, eu senti a indiferença me ferindo.
Eu fiquei um pouco louca, eu chorei.
Eu esfregava minhas mão no meu rosto molhado com um certo desespero, eu me lembro que pensava: Pra que o desespero? Mas mesmo assim eu me entreguei a ele, o abracei com todas as forças.
Dolorosamente dolorida com o oceano na face ensanguentada, recebia lentamente os golpes na alma.
Pensava incessantemente em não mudar o ritmo, o que em alguma hora seria necessário.
Alguem esperava, alguém precisava da perspicacia, não, não poderia desistir...
Você sorriu pra mim naquela manhã e eu não entendi porque estava tão frio.
Eu realmente gostaria de estar anestesiada pra não sentir nenhum tipo de emoção, nenhum tipo de impacto.
Gostaria de de estar cega para não ver os nossos dedos entrelaçados no meio das cortinas de fumaça que surgiam de baixo para cima, para não enxergar que em meio às ondulações das nossas essências nossas vidas se desfaziam.
Eu queria estar surda para não ouvir jamais aquela música melancolica de despedida.
-Eu já gostei...
Indisponibilidade, seleção de momentos.
Um olhar triste, pobre, pobre espírito.
-Apaixonei-me...
E busca, brusca aprovação de si, dos outros, medo, mente, minto.
Revira e revive antiguidades...
Eu procurei encontrar algo em você.
Eu tentei entrar.
Eu abri as cortinas.
Eu te vi.
Você estava aqui e o sol iluminava o lado direito da sua face.
Você me olhava, você estava no mesmo patamar.
Você me falava as coisas que eu queria ouvir, mas não as que eu precisava.
Eu quis dizer o que você precisava ouvir, mas voce se negou, você fugiu...
Nós fugimos de nós
Velocidade da luz, pensou.
Calor descia pelas testas franzidas brilhantes sofridas.
Asco.
Diferença.
-Vamos brincar de pular a janela?
-Sexto andar?
-Prefiro descer de elevador...
Impacto, pedra nas penas do pássaro.
Nós estávamos de mãos dadas, mas o vão do trem nos separou.
De repente fui vendo você assim tão distante de mim, de nós.
Eu senti um pouco de frio, eu senti a indiferença me ferindo.
Eu fiquei um pouco louca, eu chorei.
Eu esfregava minhas mão no meu rosto molhado com um certo desespero, eu me lembro que pensava: Pra que o desespero? Mas mesmo assim eu me entreguei a ele, o abracei com todas as forças.
Dolorosamente dolorida com o oceano na face ensanguentada, recebia lentamente os golpes na alma.
Pensava incessantemente em não mudar o ritmo, o que em alguma hora seria necessário.
Alguem esperava, alguém precisava da perspicacia, não, não poderia desistir...
Você sorriu pra mim naquela manhã e eu não entendi porque estava tão frio.
Eu realmente gostaria de estar anestesiada pra não sentir nenhum tipo de emoção, nenhum tipo de impacto.
Gostaria de de estar cega para não ver os nossos dedos entrelaçados no meio das cortinas de fumaça que surgiam de baixo para cima, para não enxergar que em meio às ondulações das nossas essências nossas vidas se desfaziam.
Eu queria estar surda para não ouvir jamais aquela música melancolica de despedida.
Ana Mais do Que Nunca
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