TRILOGIA

                                                       Para: Principes, isanos e anjos.

SILENCIO
Pra você conseguir ouvia a voz interna precisa ficar em silêncio
As escolhas já foram feitas, você bem sabe que tudo que foi jamais volta a ser.
Voa rumo a seu asteróide, uma pagina em branco, uma vida nova!
A insegurança vezenquando batendo à porta, mas você sobe nas asas desse pássaro.
Esse pequeno principe com uma grande ansiedade, euforia e planos que não cabem em si...
E no meio das nuvens e de outros pássaros você vai, em busca dessa grandiosidade que sonhou...
EntãO toda a euforia vai embora dando lugar a uma imensa dor, uma saudade sem explicação de mãos dadas com um arrependimento de ter ido e deixado tudo que ama.
Então por aí, casualmente nos encontramos e você me conta como vão seus dias, todos eles preechidos com o vazio das tardes geladas, que encosta o nariz o no vidro e enxerga toda aquela neve lá fora. Você me fala da tua falta de vontade de sair, sem ter pra onde e com quem , a grana acabando...
Então nessas voltas que demos, faço questão que se lembre de uma de nossas primeiras conversas, as coisas são do tamanho que enxergamos, lembramos então daquela nossa aventura sob quatro rodas e de todas as coisas que fizemos e falamos e rimos e contamos e brigamos e choramos e valorizamos para então estarmos aqui de volta.
Eu raposa.
Você principe.
Eu disse: -Vou chorar. Mas quem de verdade chorou foi você.
Eu rezei e um amigo apareceu no dia seguinte, um teatro, um café, porque a Serra Malte aí nem existe né?
Agora você vai ouvindo essa voz aí dentro muito mais alto do que a neve de encontro ao chão, talvez você esqueça.
Talvez.
Talvez você esqueça de tudo que viveu aqui, de tudo que te falei pessoalmente ou nos nossos ultimos encontros. talvez você realmente se lembre quando estiver triste, mas eu não me entristeço com isso porque eu sabia que seria assim, até acho bonito você gostar de falar comigo quando está triste.
Mas quero te dizer uma coisa...
-Silêncio.
Que é pra você ouvir a voz lá dentro.


LOUCURA
Correr, escolher, deixar acontecer, não pagar, esticar, bater na mesa, quebrar pratos, matar a saudade infernal, jogar pela janela as cartas de amor.
-Merda, acabaram todos os cigarros!
Pegar emprestado e não devolver.
-Te espero lá fora.
Espera por vinte mil vezes, música nas entranhas e no cerebro.
Você pisou forte nas minhas costelas, mas eu te chicoteei até o sangue escorrer e não quis ouvir os tru murmúrios de lamentação, insano.
Eu vou roubar um carro e passar por cima do teu orgulho, vou assaltar um banco com tua imagem nas costas, porque aquele dia você roubou minha bicicleta. Eu perdi o trem e a minha inoscência.
Vou sujar o seu nome, riscar teu carro te mandar para o inferno, quebrar teus cartões, rasgar tuas roupas, mandar teus valores à P.Q.P!
Vou te ligar mil vezes de um número desconhecido, te deixar só por aí qualquer dia, qualquer hora.
Gargalhar infernalmente no teu ouvido, chutar teu saco, cuspir na tua cara, rasgar teus livros, jogar a intelectualidade na lato do lixo, te provocar tédio e fazer você ver aquele filme sem parar...
Eu vou ser você por um dia e provocar em você todo o ódio e indiferença que ja senti.
E correr deixando tudo isso acontecer, te devolver tudo que um dia você quis me dar.
Mergulhar nas imagens e paredes derretidas e te levar comigo.


NOSTALGIA
Acende um cigarro ouvindo as mesmas músicas que tocavam enquanto ainda estavam juntos.
Folheia aquela notícia de jornal em que saíram, mexe nas fotos, cava nas lembranças.
Deitado vê o teto girar e girando vem ao seu encontro.
O som com problema, barulho de água na pia do banheiro. Gargalhadas no corredor.
Foi tanta importância e agora? Vomita.
O sol ainda brilha, dá pra ver a claridade entrando pelas frestras.
Quando isso vai acabar?
Foi uma dose muito forte e não quer mais que toque a mesma musica de nostalgia.

Ana Mais do que nunca.

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