EVIDÊNCIAS
Refutando pensamentos anteriores, sem a necessidade de provar a existência ou a veracidade dos fatos.
Vivendo inteiramente o que agora se faz presente, o que envolve e se dissolve externamente em mim e por mim.
Todos os teóricos, gênios e poetas embaralhados no contexto do espetáculo apresentado.
E em mim a inegável síntese de todas as coisas passadas, cada qual com sua importância, não importando mais se há crença no passado.
Pra que queremos as provas? pra que precisamos delas?
A fé é o firme fundamento das coisas que não se vê mas se espera.
Espera-se ainda, se já há a certeza de que todas as coisas devem contribuir de maneira muito natural, sem interferências?
Já arranquei uma lagarta do casulo, o que provocou a morte do nascimento de suas asas.
A natureza é sábia!
Não há necessidade da inquietação da existência de algum sentimento maior após entupir com ostentação os olhos dos espectadores coléricos.
E nem de se querer descobrir se todas as mentiras foram sinceras e se todos os atos foram repetidos por mera farsa, usurpação ou se realmente por comprazer o alheio.
Eu quero ser o que brota de mim sem a necessidade de pousar sobre uma carcaça pra me sentir mais.
Eu quero encarar as minhas debilidades com inteireza e encher a boca da frase "não sei ainda" pra poder esquadrinhar e conservar o que ainda acredito.
Quero ultrapassar apenas a mim mesma, pois é a mim que devo.
Não me importo se para os outros os jogos são importantes e se é assim que a vida é considerada, eu entro nos jogos e não faço caso se pensarem que caí em alguma armadilha e corri perigos, desde que esses perigos me tenham acrescentado algo e eu saia melhor do que entrei.
E saio.
Minha alma está agradecida,
Por cruzar as extremidades do diâmetro da órbita da Terra, e presenciar o Sol no seu quase avesso.
Pelas inquietações,
Estabilidades,
Danações,
Contentamentos,
Receios,
Invenções originais,
A falta de lassidão,
Emboscadas,
Deleites,
Torturas,
Delicias,
Desesperos,
Serenos,
Lágrimas,
Ternuras,
Repulsas,
Paixões,
Ânsias,
Amores,
e tudo quanto fui submetida a ver e viver por inteiro sem reservas, recalques e bloqueios.
O que hoje me traz indícios da capacidade múltipla do meu ser.
A divisão das águas se estabeleceu, pude passar assim certa das partes do todo, do meu eu inteiro (sem provas) certa de mim apenas.
"Não serei o poeta de um mundo caduco" afirmava Drummond, eu também não desejo ser um intelecto nesse mistério biótico.
Quero ser o necessário para minha existência, o que não é querer pouco.
Quero expandir-me em mim e por mim, lúcida ou inerte, me misturar com a natureza, sem nada a cobrar dos sentidos alheios e sem esperar as evidências.
Vivendo inteiramente o que agora se faz presente, o que envolve e se dissolve externamente em mim e por mim.
Todos os teóricos, gênios e poetas embaralhados no contexto do espetáculo apresentado.
E em mim a inegável síntese de todas as coisas passadas, cada qual com sua importância, não importando mais se há crença no passado.
Pra que queremos as provas? pra que precisamos delas?
A fé é o firme fundamento das coisas que não se vê mas se espera.
Espera-se ainda, se já há a certeza de que todas as coisas devem contribuir de maneira muito natural, sem interferências?
Já arranquei uma lagarta do casulo, o que provocou a morte do nascimento de suas asas.
A natureza é sábia!
Não há necessidade da inquietação da existência de algum sentimento maior após entupir com ostentação os olhos dos espectadores coléricos.
E nem de se querer descobrir se todas as mentiras foram sinceras e se todos os atos foram repetidos por mera farsa, usurpação ou se realmente por comprazer o alheio.
Eu quero ser o que brota de mim sem a necessidade de pousar sobre uma carcaça pra me sentir mais.
Eu quero encarar as minhas debilidades com inteireza e encher a boca da frase "não sei ainda" pra poder esquadrinhar e conservar o que ainda acredito.
Quero ultrapassar apenas a mim mesma, pois é a mim que devo.
Não me importo se para os outros os jogos são importantes e se é assim que a vida é considerada, eu entro nos jogos e não faço caso se pensarem que caí em alguma armadilha e corri perigos, desde que esses perigos me tenham acrescentado algo e eu saia melhor do que entrei.
E saio.
Minha alma está agradecida,
Por cruzar as extremidades do diâmetro da órbita da Terra, e presenciar o Sol no seu quase avesso.
Pelas inquietações,
Estabilidades,
Danações,
Contentamentos,
Receios,
Invenções originais,
A falta de lassidão,
Emboscadas,
Deleites,
Torturas,
Delicias,
Desesperos,
Serenos,
Lágrimas,
Ternuras,
Repulsas,
Paixões,
Ânsias,
Amores,
e tudo quanto fui submetida a ver e viver por inteiro sem reservas, recalques e bloqueios.
O que hoje me traz indícios da capacidade múltipla do meu ser.
A divisão das águas se estabeleceu, pude passar assim certa das partes do todo, do meu eu inteiro (sem provas) certa de mim apenas.
"Não serei o poeta de um mundo caduco" afirmava Drummond, eu também não desejo ser um intelecto nesse mistério biótico.
Quero ser o necessário para minha existência, o que não é querer pouco.
Quero expandir-me em mim e por mim, lúcida ou inerte, me misturar com a natureza, sem nada a cobrar dos sentidos alheios e sem esperar as evidências.
Ana Mais do Que Nunca
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