IN

11-04-2011

O IN é relativo; depende do ponto de vista.
Pode ser NÃO.
Mas pode ser DENTRO.
Pode ser um NÃO DENTRO de mim, que me faça internalizar no íntimo a inconsistência de pensamentos, o incômodo da aceitação, o incontrolável sentimento.
Lá vem o IN de novo, nas asas de um beija-flor.
É IN quando não posso garantir o alheio em mim, muito menos responder minhas questões pelo outro!
É IN nascendo em mim junto das folhas secas e trazendo a chuva que entra pela janela...
É IN presente nas minhas palavras.
Eu quero o sótão, mas o IN me empurra para o porão.
Mergulho no profundo do meu oceano, abismo.
Busco em mim a segurança, a força, a certeza, mas o IN vem a mais de 120Km/h.
O IN colide com minha alma, abate, destrói, provoca taquicardia, ansiedade e desequilíbrio.
Me refaço, mas o IN está em mim, espelho.
Eu atravesso a rua no ultimo segundo, mas mesmo assim o IN sobrevive.
Durmo, mas o IN me faz ter pesadelos.
Acordo e sento-me à mesa para o café com o IN ao lado.
Me banho, mas o IN é antes da sabedoria, algo cravado, tatuado, que dói para tirar.
Eu quero exterminar de mim o IN: o incabível, o inefável, o inconsistente, o incômodo, o incontrolável, a indecisão, o instante de insatisfação.
Quem sabe garantir em mim somente o que é meu?
E responder questões que só dependam de mim.
Eu preciso do IN distante de mim e das minhas composições.
Eu apenas preciso do IN na palavra Inteira!
Anseio por verdades inteiras e descarto as verdadeiras incertezas.

An4 Mais do Que Nunca.

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