CATARSE

A carnificina cala o canto do caipira

caído no chão calado continua chorando cinematograficamente

carrancas caçoam do caçula que calcula o caos do circo

conserva o coração cautelosamente

contanto que calce o carro e caia na cocaína

casto cético e cuzão cata qualquer coisa

quenga coroa e cearense, caju cajá e cachorra

cajaína e controle remoto

come chinchila na cama como se quisesse cigarro no cinema

canta cagando coquinhos cravejados de cravos

consegue chupar cebola com canudo

conseqüência?

careta na cara do capeta

chupeta da consciência cambaleia no cabaré caralho cintilante

de costas com o cu pra cima chama na chincha

para acasalar no canto como cachorros no cio

com a coisa escorrendo nas coxas

colchão coberto de coco chateia os charlatões

conhecidos da camaradagem contínua

com os cadáveres cinzentos carcomidos pelos camarões cenográficos

enquanto os coxos correm do casamento

cansados de crer no conceito clássico e claro da canalhice chantagista.

 
inSAna

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