ESCAPAMENTO
Enquanto quatro dedos envolviam a nuca, o polegar apertava a garganta.
Gargalhava, apertava os olhos de satisfação, mergulhado na sua frustração vendo o outro quase morrer.
Uma placa protetora, áspera, dolorosa,
impedindo a passagem dos cubos que deveriam ser devolvidos, vomitados.
Cubos de sentimentos, sensações, palavras.
Cubos florescentes. Fosforescentes,
Iluminando a escuridão dos canos estreitos,
raspando na ondas dos impulsos feridos.
Redemoinho. Dor. Desespero.
Fracasso estampado nas suas ações.
Palavras doces banhadas com lágrimas amargas.
Queria mas não podia e não poderia até que abrisse sua mão e libertasse aquela alma em cacos que nada tinha a ver com seu passado, com suas desilusões misturadas ao hortelã, ao vidro à chuva, às luzes da cidade.
Gato na lã...
Afirmações transparentes, frases de renda, atitudes em tule. Buraco no lamê, rendas. Flores. Mansidão.
Através da cortina seu rosto triste colado no colchão, no travesseiro, no espelho buscando explicações.
E a placa ia se desfazendo ao passo que o combustível da perua azul era expelido da forma mais gasosa possível por seu escapamento.
Escapamento foi o que encontrou naquele domingo que chovia como nunca, como ninguém na linha do trem que não vinha.
Encontro de energias, desimportância, custava R$1,00 e a bebice envolvia os olhos, o sentido, incomunicável, mudou de mundo.
Os Morros lavados com a adrenalina almejada, a fumaça formando desenhos no misto de sentimentos expostos nos cartões, nos sorrisos...
Os dedos haviam caído e com eles toda admiração, sentimento fúnebre surge na manhã de uma cinzenta segunda-feira, restam as lembranças das meninas super heroínas que pintavam as paredes com tinta de melancia, delas que guardavam seus corações em latas pra não desperdiçar a emoção de ver morcegos na Frei caneca, os perdidos no paraíso não enxergavam que do outro lado da tela havia uma parede pixada com os seguintes escritos: I CAN DO IT / ITS NEVER DIE.
Tudo esquecido.
Tudo relembrado.
Liberdade seria isso?
Mãos atadas.
Entendimento.
Diferença distancia o corpo da alma que quer inteiro perto próximo da essência.
O que é amor mesmo Bruna?
O que é amor Boni?
Amor é você dividir aquilo que você verdadeiramente tem.
Amor não é apenas aceitar as diferenças dos outros, mas aceitar as próprias diferenças.
Amor é o que divido com todos que passam, ou por todos que passo.
Amor parede azul; saudade; ternura...
Volta para a roda da vida, a roda viva, a rosa dos ventos que sopra para o lado contrário ao da sua vontade.
Ana Mais do Que Nunca.
Gargalhava, apertava os olhos de satisfação, mergulhado na sua frustração vendo o outro quase morrer.
Uma placa protetora, áspera, dolorosa,
impedindo a passagem dos cubos que deveriam ser devolvidos, vomitados.
Cubos de sentimentos, sensações, palavras.
Cubos florescentes. Fosforescentes,
Iluminando a escuridão dos canos estreitos,
raspando na ondas dos impulsos feridos.
Redemoinho. Dor. Desespero.
Fracasso estampado nas suas ações.
Palavras doces banhadas com lágrimas amargas.
Queria mas não podia e não poderia até que abrisse sua mão e libertasse aquela alma em cacos que nada tinha a ver com seu passado, com suas desilusões misturadas ao hortelã, ao vidro à chuva, às luzes da cidade.
Gato na lã...
Afirmações transparentes, frases de renda, atitudes em tule. Buraco no lamê, rendas. Flores. Mansidão.
Através da cortina seu rosto triste colado no colchão, no travesseiro, no espelho buscando explicações.
E a placa ia se desfazendo ao passo que o combustível da perua azul era expelido da forma mais gasosa possível por seu escapamento.
Escapamento foi o que encontrou naquele domingo que chovia como nunca, como ninguém na linha do trem que não vinha.
Encontro de energias, desimportância, custava R$1,00 e a bebice envolvia os olhos, o sentido, incomunicável, mudou de mundo.
Os Morros lavados com a adrenalina almejada, a fumaça formando desenhos no misto de sentimentos expostos nos cartões, nos sorrisos...
Os dedos haviam caído e com eles toda admiração, sentimento fúnebre surge na manhã de uma cinzenta segunda-feira, restam as lembranças das meninas super heroínas que pintavam as paredes com tinta de melancia, delas que guardavam seus corações em latas pra não desperdiçar a emoção de ver morcegos na Frei caneca, os perdidos no paraíso não enxergavam que do outro lado da tela havia uma parede pixada com os seguintes escritos: I CAN DO IT / ITS NEVER DIE.
Tudo esquecido.
Tudo relembrado.
Liberdade seria isso?
Mãos atadas.
Entendimento.
Diferença distancia o corpo da alma que quer inteiro perto próximo da essência.
O que é amor mesmo Bruna?
O que é amor Boni?
Amor é você dividir aquilo que você verdadeiramente tem.
Amor não é apenas aceitar as diferenças dos outros, mas aceitar as próprias diferenças.
Amor é o que divido com todos que passam, ou por todos que passo.
Amor parede azul; saudade; ternura...
Volta para a roda da vida, a roda viva, a rosa dos ventos que sopra para o lado contrário ao da sua vontade.
Ana Mais do Que Nunca.
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