SENTENÇA

Pelas minhas de palavras aglomeradas em meus ouvidos.
Não me julgues pela aparência, nem pelas palavras e muito menos pelas ações.
Nunca ninguém saberá quem sou, pois nem eu descobri.
Hoje estou numa casinha de madeira, amanhã numa cafeteria, outros dias quem sabe em bares com músicas ruins e companhias estranhas, em outros momentos em parques, salas vazias, lugares cheios, distintos, diz tinto.
Não me julgues pela voz, achando que encontrará os seios dos seus sonhos ou uma bunda escultural, mas também não me julgues pela minha estrutura de mulher magra, pois não sabes o que guardo em mim e nem quem é capaz e se existe alguém capaz de entender minhas dádivas ao recebê-las.
Não me julgues pelo meu humor que hoje pode ser explosivo contagiando o menos expressivo, pois pode ser que amanhã você nem escute a minha voz, mas de repente depois de amanhã lhe solto a minha gargalhada espontânea, fatal; fazendo com que te faça lembrar-me e ainda sentir saudades sabe lá do quê.
Não me julgues: pelas minhas vestes, que nada mais são do que detalhes irrelevantes, sem elas eu seria a mesma, porém nua.
Por não gostar das tuas frases feitas, embora foram feitas realmente pra serem usadas!
Não coloque sobre mim o teu julgo quando sinto imensa vontade de ficar só, sem nada a fazer dos milhares de coisas que tenho a cumprir.
E nem pelos meus vãos esquecimentos, ou pelas asas que meus sonhos possuem, ou pelos meus detalhes, ou pela minha crença na "essência" humana, muito menos pelo meu gosto de "valorizar os valores" meus e alheios, quando eles existem.
Não me julgues pelo meu respeito, por te levar a sério, pela minha necessidade de definições, pela minha desconfiança ou pela minha fé inabalável ou por eu ser naturalmente "romântica".
Ah! Também não me julgues pelo FATO de eu gostar tanto de me sentir viva e querer sentir que os outros também estão.

Ana Mais do Que Nunca.

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