mEU momento.
Eu queria, eu queria ter atendido aquela ligação, acredito que foi feita com muito carinho, mas eu não podia, eu não podia, porque eu não seria eu, eu não seria eu como sempre sou...
Eu estava misturada às cores dos meus pensamentos, ora escuros, ora claros, uma viagem constante, sem desejo de prazeres carnais, apenas tentando entender essas ânsias que me acontecem intermitentemente...
Mas eram curvas, subidas e descidas, que me faziam enjoar, e voltar à estaca zero, pobre, coitada, não, não sentia dó de mim mesma, sentia raiva, por ser tão esclarecida e ainda agir com tanta ignorância...
De ter a verdade esfregada nos olhos como pimenta, de nada desfrutar dentro de um reino...
De permitir-se tanto e não chegar a lugar nenhum, agora, sozinha, pensava e concluía, estaca zero. Que pena Ana.
Mas pra que chorar leite derramado, planejava de novo, e tentava fechar a porta na cara do pensamento que a empurrava, pensamento tem forma humana? Não sei responder mais uma a mim mesma, só sei que ele tem forma...
Cada palavra, uma viagem, uma dor, ser primitiva é tão fútil, mas foi no que resumiu essas poucas horas que nem sequer conseguia forçar um sono, o telefone vibrava...
O céu escuro, as nuvéns fartas, carregadas de água, pessoas correndo pra não se molharem e mais uma situação repugnante, pessoas querendo falar sobre os problemas dos outros, eu quis deixar claro que todos somos responsáveis pelo que passamos, que pago minhas contas em dia, que volto só pra durmir, eu quis deixar claro a minha insatisfação com a cidade onde moro, a minha insatisfação com as pessoas que moram na cidade onde moro, mas elas não estavam interessadas...
liguei, despejei a minha insatisfação em outras pessoas, ficaram quietas, não havia o que falar, e entendi perfeitamente o que é, e como é não ter o que falar do outro lado da linha, você caça, rabisca papel se estiver com caneta na mão, chuta algo que está em sua frente, mas nunca há palavras pra esse tipo de situação, eu pelo menos nunca achei...
A chuva começava, lenta, preguiçosa, eu dizendo, pulando de problemas alheios para meus problemas com outra pessoa em linha, mas pra que falar dos próprios problemas, se podemos falar de coisas tão boas, mas eu galava dos meus, do que não sabia lidar, God! Que egoísmo, como conseguimos ser tão egoístas de vez em quando?
Nem um pouco pensar que o próximo tem vida própria e que também tem compromissos a realizar, me senti aquelas cores que aparecem de vez em quando no escura e de repente somem, sim, me senti uma ilusão.
Mas vi a realidade nua e crua, era isso mesmo, enquanto pessoas padecem sem esclarecimentos, nós que temos tudo nas mãos, choramos, reclamamos, nos iludimos, nos apegamos, pra depois querer que alguém sinta pena.
Não! Chega...Eu quero atender esta ligação...
Eu quero dar risada dessas coisas aí que chamamos de problemas, eu quero gostar da vida, cuidar dela, amar... seja lá o que for...
E foi nessa noite que consegui enxergar um terço do meu egoísmo, conseguir por os pés no chão, me desapegar, me sentir menos culpada pelo sofrimento alheio, ou pelas decisões alheias, foi quando olhei pra mim e decidi, não, não senti pena, senti vontade de mudar essa situaçõ que sempre incomoda, que sempre me leva a questionar, questionar que sempre sou eu e quando isso acontece me perco...
Não quero me perder quero ajudar os outros se acharem, estava indo bem, mas num passe de mágica, nessa ilusão dos meus olhos com esses brilhinhos que saem da cartola, perdi, e quando acordei enxerguei o quanto estagnei.
Então misturada nisso concluí que desperdiçara muito do meu tempo com babaquices internas, pensando sozinha sem conclusão nenhuma, não sou eu quem possui a ansiedade, é a ansiedade que me possui...
E brigo comigo, sou brava até, sabé quando a gente se pune? então me coloco de castido e digo pra mim mesma: Passado é um lago onde tem uma placa que diz:"proibido pescar" mais aí lá esta eu de novo, inutilmente tentando pescar peixes, nada mais existe alí...
Penso e me canso, porque não há o que pensar, ja me proíbi, ja me proibiram, então me calo, calo meus pensamentos, nem me falam tudo e me explicam que é pra eu não misturar tudo, que eu não vou compreender, porque eu bagunço minhas idéias e quando vejo não sei o que é plano, o que é idéia, o que é pensamento e o que é palavra e o que é Ana.
Paro. devagar desço, com a cabeça explodindo, brava comigo, mas decidindo não mais me culpar por sentimentos inexistentes, nem chorar por apegos que fantasiei, sinto o cheiro da noite, vejo a lua no céu, escuto aquele grande barulho do portão, entro. Sento. Deixo tudo pra me ocupar depois, deito e durmo.
Ana Mais do Que Nunca.
Eu estava misturada às cores dos meus pensamentos, ora escuros, ora claros, uma viagem constante, sem desejo de prazeres carnais, apenas tentando entender essas ânsias que me acontecem intermitentemente...
Mas eram curvas, subidas e descidas, que me faziam enjoar, e voltar à estaca zero, pobre, coitada, não, não sentia dó de mim mesma, sentia raiva, por ser tão esclarecida e ainda agir com tanta ignorância...
De ter a verdade esfregada nos olhos como pimenta, de nada desfrutar dentro de um reino...
De permitir-se tanto e não chegar a lugar nenhum, agora, sozinha, pensava e concluía, estaca zero. Que pena Ana.
Mas pra que chorar leite derramado, planejava de novo, e tentava fechar a porta na cara do pensamento que a empurrava, pensamento tem forma humana? Não sei responder mais uma a mim mesma, só sei que ele tem forma...
Cada palavra, uma viagem, uma dor, ser primitiva é tão fútil, mas foi no que resumiu essas poucas horas que nem sequer conseguia forçar um sono, o telefone vibrava...
O céu escuro, as nuvéns fartas, carregadas de água, pessoas correndo pra não se molharem e mais uma situação repugnante, pessoas querendo falar sobre os problemas dos outros, eu quis deixar claro que todos somos responsáveis pelo que passamos, que pago minhas contas em dia, que volto só pra durmir, eu quis deixar claro a minha insatisfação com a cidade onde moro, a minha insatisfação com as pessoas que moram na cidade onde moro, mas elas não estavam interessadas...
liguei, despejei a minha insatisfação em outras pessoas, ficaram quietas, não havia o que falar, e entendi perfeitamente o que é, e como é não ter o que falar do outro lado da linha, você caça, rabisca papel se estiver com caneta na mão, chuta algo que está em sua frente, mas nunca há palavras pra esse tipo de situação, eu pelo menos nunca achei...
A chuva começava, lenta, preguiçosa, eu dizendo, pulando de problemas alheios para meus problemas com outra pessoa em linha, mas pra que falar dos próprios problemas, se podemos falar de coisas tão boas, mas eu galava dos meus, do que não sabia lidar, God! Que egoísmo, como conseguimos ser tão egoístas de vez em quando?
Nem um pouco pensar que o próximo tem vida própria e que também tem compromissos a realizar, me senti aquelas cores que aparecem de vez em quando no escura e de repente somem, sim, me senti uma ilusão.
Mas vi a realidade nua e crua, era isso mesmo, enquanto pessoas padecem sem esclarecimentos, nós que temos tudo nas mãos, choramos, reclamamos, nos iludimos, nos apegamos, pra depois querer que alguém sinta pena.
Não! Chega...Eu quero atender esta ligação...
Eu quero dar risada dessas coisas aí que chamamos de problemas, eu quero gostar da vida, cuidar dela, amar... seja lá o que for...
E foi nessa noite que consegui enxergar um terço do meu egoísmo, conseguir por os pés no chão, me desapegar, me sentir menos culpada pelo sofrimento alheio, ou pelas decisões alheias, foi quando olhei pra mim e decidi, não, não senti pena, senti vontade de mudar essa situaçõ que sempre incomoda, que sempre me leva a questionar, questionar que sempre sou eu e quando isso acontece me perco...
Não quero me perder quero ajudar os outros se acharem, estava indo bem, mas num passe de mágica, nessa ilusão dos meus olhos com esses brilhinhos que saem da cartola, perdi, e quando acordei enxerguei o quanto estagnei.
Então misturada nisso concluí que desperdiçara muito do meu tempo com babaquices internas, pensando sozinha sem conclusão nenhuma, não sou eu quem possui a ansiedade, é a ansiedade que me possui...
E brigo comigo, sou brava até, sabé quando a gente se pune? então me coloco de castido e digo pra mim mesma: Passado é um lago onde tem uma placa que diz:"proibido pescar" mais aí lá esta eu de novo, inutilmente tentando pescar peixes, nada mais existe alí...
Penso e me canso, porque não há o que pensar, ja me proíbi, ja me proibiram, então me calo, calo meus pensamentos, nem me falam tudo e me explicam que é pra eu não misturar tudo, que eu não vou compreender, porque eu bagunço minhas idéias e quando vejo não sei o que é plano, o que é idéia, o que é pensamento e o que é palavra e o que é Ana.
Paro. devagar desço, com a cabeça explodindo, brava comigo, mas decidindo não mais me culpar por sentimentos inexistentes, nem chorar por apegos que fantasiei, sinto o cheiro da noite, vejo a lua no céu, escuto aquele grande barulho do portão, entro. Sento. Deixo tudo pra me ocupar depois, deito e durmo.
Ana Mais do Que Nunca.
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