RESPOSTA?

Uma página branca e na cabeça palavras embaralhadas, informação assimilada de forma incorreta e não acomodada , não foi possível ainda formar a estrutura necessária para viver isto, esta confusão que eu mesmo crio a respeito da minha vida e de todas as coisas que a compõem, ou que penso compor.

São de fato mil perguntas sem respostas e minha experiência vã em coisas que não dizem nada, que não condizem com aquilo que preciso entender. Um espaço vago no tempo, por grande período sem interação, sem resposta, a bola que foi atirada contra a parede não voltou, o grito na caverna não ecoou e eu não consegui a partir disso, ou fazer disso um ótimo proveito.

O que é vida? Um termo extremamente complexo? E o que é resposta? E quem é e o que é o ser? Do que ele é composto?

A página que estava branca, em poucos segundos imprime o pensamento que outrora estava pacífico-pacífico, agora experimenta uma sensação de desconforto e um gosto estranho como quando não se conhece algo, e ao provar não se gosta, ou de quando já se sabe o sabor que não gosta e volta a provar.

Mas que loucura é essa que fazemos da nossa vida? Ou da nossa forma de viver? Ou das nossas escolhas que nada mais, nada menos diz o que pensamos e o que queremos dela? E porque só conseguimos ensinar de fato aquilo que mais precisamos aprender?

E porque os sentimentos que achamos ter definição, se misturam todos como se fossem um continuação do outro, fazendo por vezes bater uma ponta de insegurança e sentirmo-nos crianças, mesmo com toda a bagagem que carregamos?

De fato quando a primeira experiência não é agradável, não convém ser repetida em outras ocasiões, mas porque ainda há ação por impulso? Porque a maioria o faz?

E ainda incomoda pensar que o ser humano é também um animal, e por mais racional que seja é dotado, lotado de limitações, cheio de egoísmo e egocentrismo. O que queremos de outras pessoas se o essencial não parte de nós? Como falar de amor, de paz, perdão, bondade, se nada disso nos constitui? Como querer tudo isso, se não direcionamos isso a outras pessoas?

Com que experiências construiremos nossas estruturas, se o que nos faz cair é sempre a mesma falha?

E eu sei que se todas essas perguntas tivessem respostas, outras tantas surgiriam pelo caminho; são as dúvidas e os incômodos que nos movem. E mesmo que a resposta demore, a bola atirada contra a parede não volte, o grito na caverna não ecoe, eu ficarei aqui horas e horas e horas escrevendo na folha branca, ou ao menos tentando escrever todas aquelas palavras embaralhadas do meu pensamento.

Ana Mais do Que Nunca

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